Além da alta de 162% no faturamento, companhias aéreas embolsaram cerca de R$45 milhões em impostos não retidos de 2014 a 2018, mas especialistas afirmam que nenhum órgão do governo, incluindo Receita Federal e Advocacia Geral da União, exige certidões de regularidade fiscal nos seus contratos. Outra fonte de receita das aéreas é a taxa de cancelamentos que chega a 9% e rende dezenas de milhões por ano.
Privilegiadas
O tratamento privilegiado às empresas aéreas, dizem os especialistas, se deve à vista grossa feita pelo não pagamento de 7,05% em tributos.
Preto no branco
A complacência se comprova em processos judiciais sobre o assunto em que não aparece um comprovante sequer de quitações.
Lucro na crise
O faturamento de Latam, Gol, Avianca e Azul, maiores aéreas do país, de R$110,3 milhões em 2015, pulou para R$ 289,5 milhões em 2017.
Mala
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que só viaja de jatinho da FAB, não está interessado em retirar da gaveta para votação o projeto do Senado anulando a resolução da Anac que criou o negócio abusivo da cobrança de malas. Ele acha que acabar a exploração é “demagogia”. |